terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


Portagens + Scuts = Descaramento

Vários jornais regionais anunciavam na sua última edição que “Deputados do PSD questionam Governo sobre as portagens na A23 e A25”, através de requerimento enviado ao Ministério das Obras Públicas.
O descaramento na política dá para tudo.
Os Senhores Deputados do PSD sentem e sabem que a responsabilidade total e absoluta da introdução de portagens nas SCUTS que servem o interior do País, designadamente A23 e na A25 é do PSD.
Os Senhores Deputados do PSD deduzem e bem que os habitantes destas regiões, as gentes do Distrito da Guarda, não esquecem a exigência do Presidente do PSD, durante a dança de votações sobre as portagens nas Scuts do grande Porto e litoral Minhoto, em como só votaria favoravelmente caso a medida fosse generalizada a todo o País.
Os Senhores Deputados do PSD sabem, que o Povo do Distrito da Guarda sabe, que foi o Primeiro Ministro José Sócrates que defendeu medidas de discriminação positiva para os habitantes e empresas dos concelhos servidos pelas auto-estradas e territórios vizinhos, de tal maneira que todos os residentes e empresas dos Municípios do Distrito da Guarda terão viagens mensais gratuitas na A23, na A25 ou em ambas as vias.
Não vale pois a pena tentarem a fuga para a frente, nem usar a demagogia mais primária.
Se entendem que esta medida “penaliza severamente as condições de competitividade do Distrito” porque é que a exigiram ao Governo?
O PS Guarda compreende e aprecia positivamente a preocupação de Empresários e populações do Distrito e entendemos as suas movimentações cívicas pela continuidade das auto-estradas sem custos para o utilizador.
Mas não aceitamos, repudiamos e denunciamos a “colagem” que os Senhores Deputados do PSD pretenderam fazer ao Movimento de Empresários.
Esta sua postura, mais não representa do que a confissão pública do sentimento de culpa que os persegue e demonstra uma certa coerência histórica: o PSD nunca quis a A23 e a A25 e quando o Governo PS as construiu, sempre exigiu a introdução de portagens. Ao menos assumam. Antes coerência que descaramento.
Guarda , 21 de Fevereiro de 2011

Federação do Partido Socialista da Guarda

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Universidade Novos Desafios
A Universidade Novos Desafios é uma iniciativa que pretende sugerir respostas a um conjunto de questões de interesse para os 14 Concelhos do Distrito da Guarda.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mais oposição, mais cidadania, melhor poder local

Vivemos um tempo em que muito se reclama e se insinua sobre o funcionamento das instituições democráticas. Neste debate, o poder local não é excepção.
Perante esta realidade, parece pois evidente que dos autarcas se deve esperar muito mais.
Melhor poder local não pode passar simplesmente por uma reivindicação de mais receita ao Estado e realização de mais despesa. O reforço e credibilização da acção das autarquias pode e deve passar por uma nova exigência na gestão de recursos, com mais eficácia e eficiência, a par da criação de mecanismos de fiscalização efectiva e de transparência nos processos de decisão.
A lei das finanças locais constitui um contributo valioso nesse sentido e a necessária Reforma do Parlamento liderada pelo PS, que ampliou os poderes das oposições, um exemplo de ética e transparência a seguir.
Persistem, ainda assim, inegáveis más práticas que, contribuindo para a opacidade, desconfiança e enfraquecimento democrático do poder local, merecem reflexão. Será possível que haja Presidentes de Câmara neste país que, fazendo uma interpretação restritiva da lei, continuem a «atirar» os Vereadores da oposição, sem pelouros, para a quase clandestinidade, sem apoio técnico e logístico? Como podem Vereadores nestas condições, ou mesmo membros de Assembleia Municipal da oposição, necessitando de compatibilizar a actividade autárquica com a sua vida profissional, analisar opções orçamentais e propostas políticas com o devido rigor e seriedade? Em plena era digital, será aceitável que os documentos, em que se incluem ordens de trabalho ou propostas de deliberação, circulem nos órgãos autárquicos de modo restrito e sem fácil acesso ao público?
O sucesso de uma gestão autárquica não dependerá certamente de expedientes criados por alguns Presidentes de Câmara, ao abrigo de omissões legais, para boicotar o trabalho de fiscalização das oposições e dificultar o escrutínio dos cidadãos. Um bom Presidente de Câmara, aquele que não deve nem teme, sabe que a sua autarquia só tem a ganhar com uma oposição vigilante, activa e competente, e com a participação exigente dos cidadãos. Porque o poder pelo poder não serve para nada!
"A qualidade do nosso poder local padece de muitas lacunas"
Fornos de Algodres 05 de Fevereiro de 2011
LMGF